Os estudantes devem ser preparados para o atendimento à PCR. O mesmo deve acontecer com os leigos que necessitam desse conhecimento para possibilitar ao paciente maior chance de sobrevida, até que ocorra a chegada dos profissionais de saúde.
Esse ensino deve ter o propósito de projetar um esquema de desenvolvimento de percepções, pensamento, julgamento, habilidades e avaliação do indivíduo que está sendo capacitado.
As portas de urgência constituem-se em importante observatório da condição de saúde da população e da atuação do sistema de saúde. É nelas onde primeiro se mostram os agravos inusitados à saúde da população, sendo, portanto, importante fonte de informação em tempo real para as ações de vigilância em saúde (BRASIL, 2006).
Considerando o crescimento da demanda por serviços nesta área nos últimos anos, devido o aumento do número de acidentes, da violência e a insuficiente estruturação da rede assistencial, que têm contribuído para a sobrecarga dos serviços de urgência e emergência disponibilizados para o atendimento da população, surge a necessidade de intensificar as ações educativas nestes cenários como estratégia para qualificar a assistência prestada.
O pronto atendimento do paciente em situação de urgência e emergência é muitas vezes o que separa a vida da morte, a recuperação da saúde da incapacidade física permanente, especialmente quando o paciente se encontra em situação de parada cardiorrespiratória (PCR). Assim, a importância de se investir na educação em PCR centra-se no fato de que a qualidade da ressuscitação cardiopulmonar é um importante determinante do resultado relacionado à sobrevida do paciente . Nesse sentido, o ensino sobre ressuscitação cardiopulmonar é prioridade tanto para profissionais e estudantes da área de saúde como para leigos que se deparam com essa situação (DALLARI, 2001; KO et.al, 2005).